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Canção Romani bordada com cabelo humano.
Fotografia de Emília Rigová.
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A artista Emília Rigová traz o legado musical Romani do Leste Europeu para relembrar o corte de cabelo forçado das mulheres Roma durante períodos de repressão. Ao incluir a letra de uma antiga canção Romani, que dizia “não cortem o meu cabelo, prefiro ir para o campo de concentração,” esta obra artística cria um espaço íntimo, mas poderoso, de memória e resistência, combinando elementos físicos — cabelo humano, lenço tradicional Romani e peças bordadas — com uma atmosfera que evoca, não só memória e desconforto, mas também orgulho e determinação. A obra evidencia múltiplos cortes simbólicos ainda presentes na comunidade Roma portuguesa, seja na discriminação, seja no seu apagamento histórico face ao contexto Roma europeu.
Emília Rigová é uma artista Roma e eslovaca que explora os estereótipos sociais, a política do corpo e o género, levantando questões sobre a (in)visibilidade da cultura Roma na sociedade.
Mais informação em:
https://emiliarigova.com/
Ficha técnica
Descrição da obra: Cabelo humano, tecido com motivos do legado Roma da Europa de Leste, pano bordado com cabelo humano e instalação sonora com voz de Maria Gil.
Agradecimentos: Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Braga, Geração Tecla, Maria Gil, Eva Danisova.